sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

D. Manuel Clemente


O vencedor deste ano do Prémio Pessoa foi atribuído a D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, que se torna no primeiro membro da Igreja a ser distinguido nos 23 anos do galardão.
Manuel José Macário do Nascimento Clemente, 61 anos, bispo do Porto desde 2007, é licenciado em História, pela Faculdade de Letras de Lisboa e em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. Foi ainda coordenador do Conselho Presbiteral do Patriarcado desde 1996, director do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa e coordenador da Comissão Preparatória da Assembleia Jubilar do Presbitério para o Ano 2000. D. Manuel Clemente é conhecido pelo seu espírito comunicativo e interveniente. Em 2008, foi o primeiro bispo português a usar o YouTube para transmitir a mensagem de Natal.
D. Manuel Clemente é o autor de uma vasta obra historiográfica, com destaque para títulos como: “Portugal e os Portugueses” e “Um só propósito” publicados em 2009, “Igreja e Sociedade Portuguesa, do Liberalismo à República” e “Nas Origens do Apostolado Contemporâneo em Portugal- A Sociedade Católica (1843-1853)”. (Jornal i)

Considerado por muitos, como uma das pessoas mais influentes da Igreja Católica Portuguesa, o Bispo do Porto, é também uma reconhecida figura do meio intelectual português.
Este prémio, bem como a conduta de D. Manuel Clemente, mostra bem o papel que a Igreja pode ter numa sociedade que se debate com problemas sérios ao nível dos valores morais e cívicos.
Consegue fugir ao chavão clássico de membro do Clero, distante das pessoas e ultrapassado na sua concepção da sociedade, e mostra uma faceta de modernidade e sobriedade, muitas vezes tão difícil de conseguir por parte da Igreja.
A Igreja Católica, não nos esqueçamos, tem tido um papel fundamental na actual situação económico-social do país. Tem feito um trabalho notável a nível social, de ajuda e, muitas vezes, tábua de salvação para muitas famílias, especialmente nas pequenas paroquias do país.
O problema é que, frequentemente, é dado mais eco na comunicação social a questões que sejam susceptíveis de causar polémica por parte da igreja, do que ao trabalho, reconheça-se, meritório de ajuda e solidariedade social.

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