sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Servir o País

1 – Ao que parece assistimos ao final da telenovela dos SWAPS. O desfecho foi pouco entusiasmante, um Secretario de Estado do Tesouro que há bem pouco tempo tinha acabado de entrar para o executivo teve de sair. Este prodígio que agora irá servir o Instituto de Estradas de Portugal na sua carta de demissão alegou: “A minha disponibilidade para servir o país sempre foi total”. Pois foi, até tentou que o Estado em 2005 fizesse um negócio que viria a ser ruinoso. E acrescentou ainda; “É este lado podre da política, de que os Portugueses tantas vezes se queixam” para indicar que teria sido vítima de falsificação de documentos, documentos oficiais que saíram de São Bento.

O lado podre da Politica é servir um país, como disse, beneficiando um interesse privado, deixando cá a factura para todos pagarmos. O lado pobre é entusiasmar, aliciar, propor ao Estado um negócio que em nada lhe seria benéfico. Só existem conflitos de interesses porque existem vários interesses envolvidos e um deles é o Público.


2 – A proposta de lei que corta 10% nas pensões do Estado não abrange as subvenções, estas ficarão para outras núpcias, Orçamento do Estado (OE) para 2014, avançou hoje o Público. Centremo-nos primeiro nesta parte da frase, “lei que corta 10% nas pensões do Estado”, ou talvez lei que corta mais 10% nas pensões do Estado. Os reformados do nosso Pais que o ajudaram a construir e sofreram todas as reformas impostas pelos sucessivos governos agora terão sobre as suas pensões, já totalmente esquartejadas, mais uma redução. Vou aproveitar para deixar ao Senhor Vice Primeiro Ministro, ou melhor, Segundo Ministro, uma vez que, o prefixo vice designa a categoria imediatamente inferior a outra, a seguinte frase; “Esta é a fronteira que não posso deixar passar”. Lembra-se? Eu também!

Não me esqueci da segunda parte, “não abrange as subvenções”. Terá se esquecido o Governo para não apresentar juntamente com esta proposta? Ou então fez-se esquecido para ver se nós nos esquecíamos? Ou melhor ainda fez-se esquecido sabendo que nós não nos esquecíamos mas sabendo que entretanto nos esqueceremos até o orçamento ser apresentado? Não nos poderemos esquecer que estes senhores estão a servir o país com uma disponibilidade total.


É esta a Estabilidade que o País necessita? É esta a imagem de credibilidade que queremos passar para os credores Internacionais? Este é o resultado de uma moção de confiança recentemente aprovada? A resposta para todas estas questões é esta; Estabilidade, Credibilidade, Confiança e este Governo tudo junto não é possível!


Aproveito e cito o Woody Allen, “Se Deus existe, espero que Ele tenha uma boa desculpa”

Sem comentários:

Enviar um comentário