domingo, 20 de dezembro de 2009

Provocações de garotos: brincar à democracia

O governo de José Sócrates e o PS andam a brincar à democracia.
Pelo menos é o que parece com as recentes provocações que têm lançado a Cavaco Silva.
Sem saberem para onde se virar na governação, tentam apanhar em falso o Presidente. A Casa Civil do Presidente já mostrou ser sensível a estes ataques do PS, nomeadamente no caso das escutas em plena campanha eleitoral. Com claros e proveitosos dividendos para José Sócrates.
É por esta razão que o PS e o governo de José Sócrates, numa altura em que se sentem incapazes de governar com maioria relativa, passaram a jogar o jogo da vitimização e começaram a lançar para a praça pública questões polémicas relativamente secundárias, senão mesmo inexistentes.
O jogo da vitimização visa criar a ideia de que a culpa dos erros da governação pertence à oposição, que, verdade seja dita, tem toda a legitimidade democrática para manifestar os seus pontos de vista e votar em concordância com eles.
A segunda manobra ao serviço da estratégia de vitimização é fazer queixinhas ao Presidente da República, tentando a todo o custo convencê-lo de que existe instabilidade política.
Pior ainda, tentam provocar o Presidente da República de modo a que seja ele a dizer a primeira coisa que possa servir de arma de arremesso do PS.
São provocações de garotos que visam levar Cavaco Silva a cair na sua armadilha.
Este tipo de joguetes são autênticas bricadeiras que o PS está a fazer com as instituições do estado de direito, contribuindo para a descridibilização da política e para o enfraquecimento da democracia.

3 comentários:

  1. Para não se brincar à democracia, que tal suspendê-la por 6 meses? Ou o conselhos de ministros passar a ser num café da Avenida de Roma?
    Ou voltar a reconduzir o Fernando Lima? Esta ultima era capaz de ser uma brincadeira pouco democrática….

    Abraço

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  2. Luís,

    Vais-me perdoar o comentário, mas, infelizmente, a isto chama-se politiquice…
    Cada um joga com as armas que tem. O problema reside exactamente aqui, naquilo que verdadeiramente distingue os países que se pautam por um regime de meritocracia, e, os outros, que se deixam levar por jogos de interesses partidários, de oportunismos pessoais e caciques.
    Não há volta a dar, enquanto vivermos numa ditadura dos partidos (a que alguns por mero engano ou lapso ideológico chamam de democracia) esta situação vai continuar.
    Os partidos são essenciais para a a concretização de uma verdadeira Democracia, o problema é que, estes não se têm pautado por um critério de rigor e de qualidade dos seus quadros, mas antes por um estranho e complexo esquema de interesses pessoais, que eventualmente possam coincidir com o interesse do partido, e, no limite, com o interesse do país.

    Aqui tens, por mais que custe ouvir ou reflectir, a essência daquilo que tu chamas “brincar à Democracia”.

    Um abraço

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  3. Pedro, tudo isso é verdade!
    O grande problema é que neste momento José Sócrates não quer governar. Não se sente capaz e não quer governar.
    Mas como não o quer dizer aos portugueses frontalmente, quer atribuir essa "culpa" aos outros, nomeadamente à oposição e ao Presidente da República.
    É politiquice mas não deixa de ser uma grande deselegância atribuir a outros a fama e ficar com o proveito!

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