sábado, 17 de agosto de 2013

Podemos começar a ter esperança?

A semana que agora termina trouxe a Portugal duas notícias bastante positivas sobre a economia e o emprego: a taxa de desemprego diminuiu de 17,7% no primeiro trimestre deste ano para 16,4% no segundo trimestre e o PIB cresceu 1,1% no mesmo período. Estes resultados agora divulgados, muito longe de nos retirarem da grave situação em que o país se encontra, têm a força de nos fazer olhar para cima e acreditar que é possível proceder a um virar de página. São tanto mais animadores se tivermos em conta que o desempenho do nosso país neste trimestre é dos melhores dentro dos países Europeus. No entanto, é preciso ter muita prudência na análise dos resultados. Portugal é neste momento, ainda, um dos três países da União Europeia com maior taxa de desemprego e a riqueza per capita gerada está longe de se comparar com as maiores economias da Europa. É preciso acreditar, e esperar, que este desempenho continua no bom caminho para conduzir a um real crescimento económico sustentado e permanente de modo que sirva de alavanca para a melhoria das condições sociais dos portugueses. A equação é muito simples de apresentar (embora complexa de concretizar): o emprego traduz-se em trabalho; o trabalho torna-se produtivo; a riqueza gerada conduz ao crescimento; e o crescimento aumenta a oferta de emprego. Pelo meio, os portugueses aumentam o seu poder de compra e melhoram as suas condições de vida. Para tal, é necessário que o Estado não desperdice o dinheiro que os portugueses lhe confiam através dos impostos. Se estes resultados não permitem começar a ter esperança a quem a perdeu, pelo menos mantenha a daqueles que nunca a abandonaram e regresse aos corações daquelas 72,4 mil pessoas que ganharam um emprego neste período.

1 comentário:

  1. É facil crescer. Os números são só os piores de sempre. O crescimento foi ligeiro e em relação ao trimestre passado. A Economia Potuguesa está em queda desde 2007. Os 72,4 mil empregos são precários.
    Vamos distribuir melhor a riqueza? Pagaremos melhor o trabalho? As necessidades sociais serão satisfeitas? o investimento e o empreendedorismo aumentará? Estes números não me parece que repondam a estas questões.

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