segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Onde pôr a esperança após o derrube do muro?


Faz hoje 20 anos sobre o derrube do muro de Berlim.
Este acontecimento mudou para sempre o xadrez estratégico mundial.
Depois disso só o ataque às Torres Gémeas a 11 de Setembro de 2001 levou a uma tão grande mudança dos paradigmas da geo-política e da geo-estratégia.
É indiscutível as coisas novas que trouxe para as relações entre os estados, principalmente para aqueles que sofriam directamente com a existência de uma guerra fria pendente sobre as suas vidas.
O muro de Berlim era o símbolo real e concreto de uma divisão e de uma não-convivência entre a democracia e o totalitarismo soviético, entre a afirmação das liberdades individuais e a subjugação do indivíduo ao estado, entre o estado de direito e a supremacia de um estado autoritário.
E neste sentido, o seu derrube simbolizou para muitos a queda de um modo autoritário, totalitarista e repressivo de pensar a sociedade, rendido à afirmação dos direitos e liberdades fundamentais.
Mas terá sido mesmo assim?
Para aqueles homens e mulheres que sentiam na pele a intromissão de um regime comunista e que tinham sede e ânsia de liberdade, como se sentirão 20 anos após o dia que simbolizou a concretização dos seus sonhos?
Terá a grande e desejada vida ocidental cumprido a sua promessa de felicidade?
Será que temos hoje pessoas felizes na ex-RDA?
Será suficiente o derrube de um muro para satisfazer o desejo de liberdade de um ser humano?
Esta reflexão leva-nos à maior pergunta que um homem livre pode fazer-se...
Afinal onde devo eu pôr a minha esperança?

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